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Bolsonaro não teme a perda de direitos políticos, e defende arquivamento de ação
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Nesta quinta-feira (22) começa o julgamento que pode levar à inelegibilidade do ex-presidente, Jair Bolsonaro, por 8 anos. A ação em questão trata de uma reunião com embaixadores na qual Bolsonaro fez afirmações falsas sobre urnas eletrônicas.
- Por Camilla Ribeiro
- 21/06/2023 16h40 - Atualizado há 1 ano
O ex-presidente, Jair Bolsonaro, disse nesta quarta-feira (21) não ver motivos para que os seus direitos políticos possam cassados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ele ainda prevê o arquivamento da ação apresentada contra ele.
O julgamento da ação nessa quinta-feira (22), foi apresentada pelo PDT, requerendo a inelegibilidade de Bolsonaro suspeito de abuso de poder político e também o uso indevido dos meios de comunicação.
O TSE foi acionado pelo partido em razão de uma reunião que acontecerá em julho de 2022, na qual Bolsonaro convocou com embaixadores de outros países e levantou suspeitas sobre as urnas eletrônicas e processo eleitoral do Brasil, sem existência de provas.
"Não tem por que cassar os meus direitos políticos por uma reunião com embaixadores. É, só julgar com a mesma jurisprudência de 2017, que essa ação será arquivada", disse Bolsonaro.
Segundo Bolsonaro a reunião com os diplomatas foi uma "resposta" para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin, que participou junto com embaixadores de uma reunião para também tratar do processo eleitoral.
"Por que eu me reuni com embaixadores, em julho do ano passado, fora do período eleitoral? Foi porque dois meses antes, o senhor ministro Edson Fachin havia se reunido com embaixadores também. Porque não é competência dele, reunião para tratar de política externa, é competência privativa, do presidente da República, então foi uma resposta ao senhor Edson Fachin", afirmou.
Bolsonaro declarou durante entrevista, depois de uma visita ao gabinete do filho senador, Flavio Bolsonaro (PL-RJ).
O ex-presidente disse que não idealizou um golpe e sempre esteve jogando "dentro das quatro linhas da Constituição".
"Quem falou que tramei golpe? Onde está escrito? Onde aparece meu nome? Eu sempre joguei dentro das quatro linhas, e, desde o primeiro dia, sou acusado de preparar golpe", explicou.
Quando questionado sobre a possibilidade de não poder concorrer nas próximas eleições, caso perda seus direitos políticos, Bolsonaro disse que não gostaria de perder o direito de participar dos pleitos eleitorais.
"Não gostaria de perder meus direitos políticos, não sei se serei candidato ano que vem a prefeito ou vereador, não sei. Ou, se no futuro, vou sair a senador ou presidente. Agora, para ser candidato, eu tenho que manter os meus direitos políticos, e isso não é motivo, a acusação de reunir com embaixadores", afirmou.